PENSAMENTOS, CRÍTICAS E FUTEBOL

quarta-feira, abril 03, 2013

Meu bairro é uma vergonha

por Daniela Pivaro ZaccarellI

 Sou moradora do Brooklin Novo, zona sul da cidade de São Paulo desde que nasci, há quase 37 anos. De uns 5 anos para cá presenciei a transformação de um bairro típico de classe média em um verdadeiro caos.
As ruas do bairro são uma vergonha. Muito esburacadas. Isso ficou mais perceptível de uns 2,5 anos para cá, quando engravidei e sentia na “barriga cada buraco que existia pelo bairro.
E as calçadas. Uma lástima, principalmente em um bairro repleto de idosos. São irregulares, quebradas, sem padrão, cheias de mato e em muitos pontos com acúmulo de entulhos e lixo jogados pela população educadíssima da cidade de São Paulo. Idosos, cadeirantes e mães que empurram carrinhos de bebês agradecem. Perdi as contas de quantas vezes tive que andar na rua como o carrinho do meu filho pois a calçada simplesmente não tinha a menor condição.

Calçada da Av. Eng. Luis Carlos Berrini.

Uma coisa que ultimamente me espanta demais é o lixo. Não há uma praça que não tenha um canto com entulho e lixo acumulado. Isso pode ser visto inclusive em pequenas praças localizadas na Av. Eng. Luis Carlos Berrini, considerada a “Nova Paulista”. A praça Procópio Ferreira, localizada na esquina da Av. Berrini com a rua Kansas, está a exatos 250m de um ecoponto (Ecoponto Pinheiros). Mas as pessoas preferem jogar o seu lixo ali mesmo. Além do lixo, o mato nas calçadas é algo absurdo. 

        



                       Praça Procópio Ferreira.                                Calçada de praça no bairro.

Mato na calçada em frente a Cia. Atlética da Rua Kansas.


Quando chove o desastre é total. O bairro inunda a ponto de entrar água dentro de muitas casas. As calçadas desaparecem e as ruas viram rios de correnteza.

                                                 Cruzamento das ruas Indiana e Nova Orleans.

Árvores enormes já caíram causando danos na fiação e muitas vezes em carros, transeuntes e casas. Existem muitas árvores grandes infestadas de cupins e árvores como seringueiras que não tem a menor condição de estarem em uma via pública. Suas raízes destroem calçadas e quando caem causam verdadeiros desastres. A poda e/ou remoção de árvores só é feita depois dos desastres. Não se vê nos meses que antecedem os períodos de chuvas a Prefeitura prevenir o problema com a retirada das árvores podres. Alguns casos chegam a ser bizarros, como algumas podas realizadas onde a emenda ficou pior que o soneto.

 Poda mal feita.


Será que a nova gestão da Prefeitura pode tomar uma atitude já que nada acontece a quase 5 anos?

Obrigada.

sábado, março 16, 2013

BAUDUCCO - Desrespeito ao Consumidor

Comprei algumas caixas do Cookie Bauducco no fim do ano passado (2012) para presentear amigos e familiares no Natal. Essa semana (março/13) encontrei uma caixa em casa e resolvi abri-la. Fiquei surpresa: a caixa continha apenas 14 cookies embalados e cerca de 1/3 da mesma estava preenchida por plástico! Um verdadeiro absurdo e uma enganação para o consumidor que compra uma caixa lacrada e espera que a mesma esteja preenchida pelo produto.


Cada dia é mais frequente o descaso e desrespeitos pelas empresas. DENUNCIE JÁ!!!!!

sexta-feira, dezembro 21, 2012

Brasil perdeu o equivalente ao estado do Rio de Janeiro de áreas protegidas


Quarenta e cinco quilômetros quadrados. Essa é a dimensão da perda de áreas protegidas no Brasil, em 30 anos. O tamanho equivale, aproximadamente, ao estado do Rio de Janeiro. E se as informações parecem assustadoras, é válido ressaltar que tem outra notícia: nos últimos cinco anos, a história se complicou, devido, sobretudo, as obras de infraestrutura ligadas ao setor elétrico, realizadas pelo governo federal na Amazônia.
Os dados fazem parte de um estudo realizado pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), que contabilizou todos os eventos de redução, declassificação e reclassificação (RDR) em unidades de conservação do país desde 1981. Segundo os pesquisadores, cerca de 70% dos casos de RDR aconteceram a partir de 2008.
“O que era para ser uma exceção vai se tornar a regra? Essa é a dúvida”, questionou ao Estadão, um dos autores do estudo, Enrico Bernard, do Departamento de Zoologia da UFPE.
O setor elétrico foi o maior motivador da destruição, com a marca de 21 eventos (equivalente a 44%, do total), incluindo 11 declassificações (em que unidades de conservação deixaram de existir), nove reduções e uma reclassificação.
“A maior parte desses eventos ocorreu a partir de 2010, com a publicação do plano de energia do governo, que aponta a Amazônia como grande reservatório de energia do Brasil”, pontuou Bernard. Especulação imobiliária e agronegócios também fazem parte da lista das causas da perda de áreas protegidas.
O presidente do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) defendeu que, apesar do impacto causado, as construções realizadas nestes locais refletiram no crescimento do país. “Entendo que a tendência é estabilizar o número de ações em unidades de conservação. Uma coisa era o país há cinco ou dez anos. O grosso da afetação está concluído”, analisou.
A pesquisa, que ainda não foi publicada em revistas científicas, não levou em consideração os territórios indígenas, apenas unidades de conservação estaduais e federais.
* Publicado originalmente no site EcoD.
(EcoD) 


Fonte: http://envolverde.com.br/noticias/brasil-perdeu-o-equivalente-ao-estado-do-rio-de-janeiro-de-areas-protegidas/

Brasil completa 30 anos de expedições para a Antártida


por Igor Truz, da Agência USP


Há 30 anos, no dia 20 de dezembro de 1982, zarpou do Porto de Santos em direção ao polo sul o navio oceanográfico W. Besnard, do Instituto Oceanográfico (IO) da USP. A embarcação conduziu o primeiro grupo de pesquisadores brasileiros para a Antártida e foi decisiva para o reconhecimento da ciência brasileira por toda a comunidade internacional.

Antartica Brasil completa 30 anos de expedições para a Antártida
Antártica é região estratégica para estudos climáticos





Em 1959, 12 países assinaram o Tratado Antártico. O Brasil viria assinar o documento somente em 1975 e em 1983 passou a integrar a Parte Consultiva, que dava direito a voz e voto sobre as decisões do destino do continente. Para ser membro consultivo, o pré-requisito exigido pelo Tratado era que o país promovesse algum tipo de pesquisa na região.
A Antártida interessa ao Brasil, essencialmente, por três razões: Segurança nacional, pois é uma das únicas passagens do oceano Atlântico para o Pacífico, através do estreito de Drake; Econômica, por conta das riquezas naturais; e Científica, devido as especificidades da região em todos os sentidos, principalmente no papel exercido pelo oceano sobre as condições climáticas do planeta.
Por conta disso, o Brasil lançou em janeiro de 1982 o Programa Antártico Brasileiro (PROANTAR), um esforço interministerial que contou com o apoio da Marinha e financiamento do CNPq, a fim de possibilitar condições para que pesquisadores brasileiros pudessem chegar a Antártica. “O coração do PROANTAR é a logística oferecida, o favorecimento da pesquisa lá. Não basta apenas o pesquisador querer ir. É necessário que o país ofereça condições de embarque e recursos financeiros para viabilizar a pesquisa”, afirma a professora Elisabete S. Braga.
Até os dias de hoje, o PROANTAR garante a presença científica dos brasileiros no continente gelado. Com média anual, desde a primeira expedição, de 20 projetos de pesquisa, o programa é dividido basicamente em duas partes, pesquisas em mar e em terra.

continente Brasil completa 30 anos de expedições para a Antártida
O continente antártico é explorado apenas para fins pacíficos e científicos



Em 1984, o PROANTAR construiu a estação Comandante Ferraz, onde eram realizadas as pesquisas em terra na Antártida. No entanto, estes estudos foram interrompidos devido a um incêndio que destruiu a estação, em 25 de fevereiro de 2012. Todos os esforços do programa hoje estão direcionados para a reconstrução da base. As pesquisas nas águas prosseguem. Para Elisabete, é imprescindível que as pesquisas continuem. “Não podemos interromper 30 anos de pesquisa, inclusive porque seria colocada em risco a própria presença do Brasil enquanto membro consultivo do Tratado Antártico”. As pesquisas oceanográficas na região são fundamentais, por conta da importância do continente enquanto “radiador” do planeta.
Primeiro brasileiro
Muito antes da primeira expedição brasileira, o primeiro brasileiro a fazer parte de uma expedição científica para a Antártida foi o meteorologista Rubens Junqueira Villela, do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG) da USP. A bordo do navio norte-americano Glacier, Villela embarcou no ano de 1961 enquanto jornalista. Apenas quando já havia embarcado, recebeu do CNPq o título de observador científico, o que lhe deu a condição de ser o primeiro brasileiro a fazer parte de um grupo científico no continente.
Entretanto, Villela considera de maior relevância a sua participação na primeira expedição brasileira. O meteorologista participou de toda a preparação do W. Besnard e foi um dos 12 pesquisadores que, juntamente com 24 tripulantes, todos homens, desbravou os mares e garantiu uma posição inédita para o Brasil ante a comunidade internacional.
Além de promover pesquisas meteorológicas, Villela foi o responsável por garantir a segurança da viagem, através de previsões de tempo e produção de cartas sinóticas, que faziam uma espécie de mapeamento da região por meio de informações recebidas via rádio.
Villela participou de outras cinco expedições à Antártida. Contudo, ele ressalta as dificuldades daquela primeira expedição brasileira, que eram desde o próprio navio, considerado inadequado para enfrentar o percurso, às condições climáticas desfavoráveis, e até os incidentes diplomáticos na Argentina, onde todos os presentes no W. Besnard foram obrigados a subir ao convés, durante a madrugada, para preenchimento de formulários. Na época, a Argentina fazia campanha contra a presença brasileira na região, e a incorporação do Brasil enquanto membro consultivo do Tratado Antártico. A chegada a Antártica aconteceu no dia 9 de janeiro de 1983.
W. Besnard: Um patrimônio Histórico
navio1 Brasil completa 30 anos de expedições para a Antártida
Navio Oceanográfico W. Besnard




Responsável pela condução dos primeiros pesquisadores para a Antártida, e por mais seis expedições para o continente até o ano de 1988, o W. Besnard não está mais em atividade, e foi substituído recentemente pelo navio Alpha Crucis.
Como não será mais utilizado para qualquer trabalho de campo, W. Besnard, de propriedade da USP, terá seu destino decidido após a análise de algumas possibilidades. A manutenção da embarcação, mesmo em água, é muito cara, e um dos fins cotados é o afundamento controlado, a fim de transformá-lo em um recife de corais.

Para Elisabete, este seria um fim trágico para o navio. “Aqui no IO somos contrários ao afundamento. Poderíamos transformá-lo em um museu visitável, o que seria bom para a educação ambiental e para sua preservação histórica. Hoje o instituto se esforça para mantê-lo enquanto patrimônio visitável, histórico e educativo. É preciso reconhecer o que significa o navio W. Besnard.”
O W. Besnard foi uma plataforma da USP, utilizada pelo IO, que mudou o estatus político do Brasil no cenário internacional.
* Publicado originalmente no site Agência USP.
(Agência USP) 


Fonte: http://envolverde.com.br/noticias/brasil-completa-30-anos-de-expedicoes-para-a-antartida/

Para quem os royalties do petróleo trazem felicidade?


por Leonardo Sakamoto*

No coração do Amazonas, banhado pelo rio Solimões, Coari era igual a qualquer outro município no meio da maior floresta tropical do planeta, com uma pequena população. A realidade local começou a mudar quando foram descobertos petróleo, de excelente qualidade, e uma imensa jazida de gás natural cerca de três mil metros abaixo do solo. A partir daí, a Petrobras implantou em suas terras a Província Petrolífera do Rio Urucu, tornando possível a prospecção, o transporte e o escoamento do material até o Solimões e, de lá, para a Refinaria de Manaus (Reman). Fui para lá há alguns anos escrever sobre a cidade e, anos depois, atualizei os dados com a ajuda do jornalista Maurício Reimberg.
A histórica é igual a tantas outras em território nacional e serve para mostrar um exemplo de como a discussão dos royalties da camada pré-sal, que anima as discussões no Congresso Nacional e as ruas de Estados como o Rio de Janeiro, ainda não estão alinhadas com a realidade dos brasileiros.
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Província Petrolífera de Urucu, no Amazonas. Foto: Leonardo Sakamoto
Dezenas de milhões foram pagos em royalties – o município é um dos campeões nacionais. Contudo, a compensação financeira pela exploração do subsolo não foi sentida pela população mais vulnerável. “Não houve mudança significativa com a vinda da Petrobras. Nas comunidades por onde passa o gasoduto, as pessoas não sabem para quem vão os benefícios”, afirmou Joércio Golçalves Pereira, então bispo da Prelazia de Coari. Ouvi reclamações sobre a falta de saneamento básico, de água potável e o acúmulo de lixo nas vias. Diante do quadro de precarização da saúde, cresce o número de casos de doenças sexualmente transmissíveis, como a Aids, além da violência. A exploração sexual de crianças e adolescentes é mais uma das faces de um desafio à espera de solução em Coari. Uma possível consequência disso é que a estatística das meninas grávidas com idade até 15 anos mostrava uma elevada incidência da maternidade precoce. Entre mulheres que tiveram filhos em Coari, no primeiro semestre de 2008, 13,9% estavam nessa faixa. Em 1995, um ano antes da chegada do petróleo à cidade, apenas 1,7% das grávidas tinha idade abaixo de 15 anos.
Em maio de 2008, uma grande ação da Polícia Federal sacudiu o cenário político de Coari. A Operação Vorax, alusão a uma bactéria que se alimenta de petróleo, investigou uma quadrilha acusada de participação num suposto esquema de desvio de verbas públicas na prefeitura local. Segundo a Polícia Federal, a organização criminosa se apropriava de recursos repassados pelo governo federal e pela Petrobras referentes à exploração de petróleo e gás no município. Segundo a conclusão da fiscalização feita em 2007 pela Controladoria-Geral da União (CGU), em parceria com a PF, os supostos desvios praticados pela prefeitura de Coari geraram mais de R$7 milhões em prejuízos aos cofres públicos entre 2001 e 2006, sendo R$3,1 milhões em recursos federais e mais de R$3,8 milhões em receitas de royalties.
As empresas que fazem a exploração de petróleo, gás natural ou xisto betuminoso repassam o valor dos royalties à Secretaria do Tesouro Nacional. O cálculo exato depende de fatores como riscos geológicos e expectativas de produção. Cabe à Agência Nacional do Petróleo apurar o valor devido aos beneficiários e garantir o pagamento. O montante – dividido entre estados e municípios produtores (ou que abriguem estrutura de transporte) e, eventualmente, a Marinha e o governo federal – é então depositado em contas do Banco do Brasil. A legislação em vigor proíbe sua utilização na amortização de dívidas ou na folha de pagamentos. E, é claro, no uso dos recursos coletivos de forma individual.
Os lucros advindos da implantação de grandes empreendimentos de exploração mineral permanecem na mão de poucos, enquanto o prejuízo social e ambiental decorrente da extração é dividido por todos. E isso se reproduz em outros lugares, do Recôncavo Baiano, ao Sertão nordestino e às cidades que se beneficiam da exploração marítima, ricos em royalties do petróleo e derivados, mas com baixo índice de desenvolvimento humano.
Há algum tempo, Eike Batista afirma ter “descoberto” uma grande jazida de gás natural no Maranhão. Um amigo de lá comemorou o fato, dizendo que isso poderia financiar o desenvolvimento através de recursos pagos na forma de royalties, tirando o Estado da pobreza. Eu tenho minhas dúvidas, para não dizer certezas. O Maranhão não é pobre. Parte de suas elites política e econômica é que fez e faz com que as riquezas estejam na mão de poucos – a ponto de ostentar um baixo Índice de Desenvolvimento Humano. O que garante que novos recursos irão para a população?
Diante disso, é difícil acreditar que todas as brigas no Congresso Nacional por fatias maiores de royalties para os estados são por puro interesse público. Afinal de contas, não é que dinheiro não traga felicidade. Dinheiro mal aplicado é que gera tristeza.
* Publicado originalmente no site Blog do Sakamoto.
(Blog do Sakamoto) 

Fonte: http://envolverde.com.br/educacao/para-quem-os-royalties-do-petroleo-trazem-felicidade/

Populações de tartarugas marinhas crescem no Brasil, diz Projeto Tamar


As desovas de tartarugas-oliva nas praias de Sergipe aumentaram de cem para dois mil nos últimos 30 anos. | Fonte: Projeto Tamar
Espécie que estava ameaçada de extinção, as desovas de tartarugas-oliva nas praias de Sergipe aumentaram de cem para dois mil nos últimos 30 anos. De acordo com levantamento do Projeto Tamar, responsável pela conservação das cinco espécies de tartarugas marinhas existentes na costa brasileira, nos últimos cinco anos, todas elas mostraram recuperação dos ciclos reprodutivos.
“Quando chegamos, as populações estavam diminuindo. Agora a reprodução está aumentando. Hoje, algumas espécies têm 20 vezes mais tartarugas do que quando chegamos. Podemos ver isso pelo número de ninhos que têm nas praias”, disse Guy Marcovaldi, coordenador nacional do Tamar.
Marcovaldi não exita em afirmar que os números refletem a atuação das equipes do projeto que completa 33 anos. Mas, segundo o próprio pesquisador, as ameaças às espécies de tartarugas no país não cessaram. Há três décadas, o risco era a matança direta dos ovos e dos animais. Atualmente, além dessa prática - que parecia extinta, mas está sendo retomada em algumas regiões, como no litoral norte do Ceará - biólogos e técnicos têm observado outras ameaças provocadas pela ocupação do litoral.
“Começaram a surgir muitas casas onde as tartarugas desovam e devido à luz causam problemas, afetando o comportamento das tartarugas. Elas são guiadas pela luz mais forte e, ao invés de retornarem para o mar, migram na direção da praia”, explicou ele. O problema é mais frequente em algumas regiões, como no litoral norte da Bahia, por conta do aumento da população. Mas, Marcovaldi alerta que o risco está em todas as praias de desova ocupadas tanto por residências quanto por portos, por exemplo, como é o caso do litoral capixaba.
A pesca também se mantém como uma das principais ameaças. Muitas vezes, sem a intenção, os pescadores acabam capturando tartarugas durante a atividade. O problema tem sido enfrentado de três maneiras pelos pesquisadores do Tamar. Segundo Marcovaldi, a estratégia mais radical e menos aplicada é o deslocamento dos pescadores para áreas onde não existem tartarugas.
“Outra forma é o pescador se acostumar a livrar a tartaruga e devolvê-la para o mar e isso tem acontecido com bastante frequência”, disse, acrescentando que ainda é possível reduzir os riscos, mudando os apetrechos utilizados na pesca. O anzol circular, por exemplo, diminui em 70% o risco de captura involuntária, pelo formato da peça que impede o encaixe na boca da tartarugas.
Os resultados e novos desafios do Tamar serão apresentados hoje (14), durante uma homenagem aos 33 anos do projeto, no Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Tartarugas Marinhas, na Praia do Forte, na Bahia. Uma das iniciativas que devem ser destacadas é o rastreamento de tartarugas por satélite, iniciada há um mês.
“Soltamos um filhotinho de cabeçuda no norte da Bahia, que já esta no sul da Bahia, na região de Abrolhos e deve chegar em Santa Catarina. No mês que vem, vamos ter mais seis tartarugas rastreadas e queremos descobrir para onde os filhotes seguem, depois que nascem. Vai ser importante saber essa rota e adotar medidas de proteção”, explicou Marcovaldi.
A homenagem vai começar com a soltura do filhote de número 15 milhões nascido no laboratório do projeto, simbolizando o número de tartaruguinhas liberadas no mar desde a criação do Tamar.
Por Carolina Gonçalves - Agência Brasil

Fonte:http://ciclovivo.com.br/noticia/populacoes-de-tartarugas-marinhas-crescem-no-brasil-diz-projeto-tamar

Mineração liberada em serra que emoldura obras de Aleijadinho


Com apoio de ampla maioria dos vereadores, a Câmara dos Vereadores de Congonhas (MG) aprovou na noite desta terça-feira o Projeto de Lei 027/2008, que define os limites do tombamento da Serra da Casa de Pedra. Não teria sido nada demais se o projeto não tivesse uma subemenda que permitisse que empresas de mineração realizem pesquisas e sondagens geológicas por 3 anos em uma área que integra a serra: o Morro do Engenho.


A emenda anula o tombamento da Serra de Casa de Pedra.  Área emoldura a Basílica de Bom Jesus do Matosinho, onde estão os 12 profetas esculpidos por Aleijadinho. A lei 2.694/2007 tombou a Serra de Casa de Pedra e indicava que um novo projeto indicaria os limites do tombamento. Indicou, mas com uma subemenda que pode colocar em risco a própria Serra de Casa Pedra.

Se o projeto, que foi encaminhado para o prefeito for sancionado, a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) que tem projeto de expansão de exploração mineral no município, poderá realizar estudos geológicos no Morro do Engenho, cujo potencial mineral é considerado fundamental para os planos de expansão da empresa.

Segundo informações do portal de notícias Fato Real, o vereador Advar Geraldo Barbosa (PSDB), autor da subemenda, afirmou que a proposta foi feita em concordância com a CSN e a participação do atual e do futuro prefeito.

A Serra de Casa de Pedra não é importante para a região apenas pelas suas belezas naturais. Mais da metade da água consumida na cidade mineira de Congonhas vem da Serra.

Fonte: http://www.oeco.com.br/noticias/26778-mineracao-liberada-em-serra-que-emoldura-obras-de-aleijadinho

sexta-feira, outubro 12, 2012

Árvores amazônica guardam registros do regime de chuvas

Manaus, AM – A análise de anéis de crescimento das árvores confirma o aumento das chuvas na Amazônica ao longo do Século XX. O método é novo e ajuda a cobrir uma lacuna de informações sobre a história climática da região, que têm levado modelos matemáticos a resultados contraditórios sobre os efeitos do aquecimento global.




“Com esse novo método, descobrimos uma ferramenta extremamente poderosa para olhar para o passado, o que permite conhecer melhor a magnitude da variabilidade natural do sistema climático”, afirma o pesquisador alemão Gerhard Helle, um dos responsáveis pelo estudo. “Nós ainda não sabemos se a região vai ficar mais seca ou úmida com o aquecimento global”.

Nessa microscópica seção de um pinheiro, com 50 mícron de espessura, os anéis de crescimento são visíveis. Clique para ampliar.

De acordo com Helle, os dados obtidos em apenas 8 árvores surpreenderam provendo informações não só sobre as condições de chuvas locais, mas também de toda a região. Os pesquisadores analisaram os anéis de crescimento da Cedrela adorata, uma espécie encontrada na Bolívia e descobriram que eles preservam as composições da chuva na Amazônia. O método usa a variação dos isótopos de oxigênio, os quais são fortemente relacionados à quantidade de chuva sobre a região.

Com aproximadamente 150 anos de idade, as árvores usadas no estudo apresentaram evidências de eventos extremos durante o século 20, como o El Niño de 1926. A nova técnica mostrou ser mais precisa do que a medição do diâmetro dos anéis de crescimento, que indicam a quantidade de carbono absorvida pela árvore. “Ambos os métodos expressam uma intensificação do ciclo hidrológico", analisa Gerd Hell. "Para ter certeza disso, temos de investigar mais profundamente outros locais na bacia amazônica "

A nova técnica foi desenvolvida por um grupo de pesquisadores do Instituto de Pesquisas para o Desenvolvimento do Peru (IRD), Centro Alemão de Pesquisas de Geociências (GFZ), Universidade de Lees (Reino Unido) e Utrecht (Netherlands). O trabalho foi publicado na edição online da revista Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS).
De acordo com os pesquisadores, a medição dos isótopos de oxigênio dos anéis de crescimento das árvores também traz informações valiosas sobre a quantidade de chuva que é transportada pelo maior sistema de rios do mundo para o oceano Atlântico.

Cerca de um quinto de toda a precipitação sobre ilhas e continentes em todo o mundo acontece na Bacia Amazônica.



Fonte: http://www.oeco.com.br/noticias/26546-arvores-amazonica-guardam-registros-do-regime-de-chuvas

segunda-feira, novembro 22, 2010

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quinta-feira, maio 20, 2010

Ex-diretor do Butantã prova que é imcompetente e desinformado


Guardar cobra é 'bobagem', diz ex-presidente do Butantan. Essa foi uma das pérolas lançadas pelo ex-diretor do Butantã Isaias Haw na seguinte reportagem da folha de São Paulo: http://www1.folha.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u737834.shtml


Isso mostra um pouco do descaso que o governo tem em relação à pesquisa básica no Brasil. É uma vergonha o que houve com o Instituto Butantã no último sábado, 15 de maio de 2010, quando foi incendiado. Coleções centenárias de invertebrados e serpentes foram perdidas e agora temos que aturar esse tipo de declaração, que diz que as vacinas são mais importantes que as cobras no formól. Como se vacina não dependesse de pesquisa básica. Revoltante!

sexta-feira, maio 07, 2010

Snipper Serra

O Snipper Serra é um site, http://sniperserra.tumblr.com/, onde você pode simular o tiro do Serra!

Enjoy!